Pantera Negra apareceu pela primeira vez em uma HQ do Quarteto Fantástico em julho de 1966,
na Era de Prata das histórias em Quadrinhos. Ele realmente é o primeiro herói
negro dos quadrinhos, logo depois dele vieram : Falcão em 1969, Luke
Cage em 1972, Blade em 1973.
O caminho percorrido pela Marvel até hoje fez com que todos pensassem
“mas e o Pantera Negra?” Depois de algumas participações significantes, ele ganhou o próprio filme. Espremido entre o
final do Guerra Civil e a expectativa do Guerra Infinita e nos pensamentos de
quem assistia Thor Raganarok, no dia 15 de fevereiro estreou o filme, com um elenco poderoso de representatividade
e a missão de fazer acontecer um herói
que foi crescendo junto com o grande público que não conhece HQs tão bem.
A Marvel criou um espetáculo de imagem, enredo e ação que
consegue fazer com que sejamos inseridos em cada arco do filme.
Chadwick Boseman está imerso no papel e dá a carga emocional
necessária para que T’challa seja forte, mas ao mesmo tempo
seja questionado pelas suas ações. Ele está aprendendo a lidar com tudo isso e
fica perdido no meio de tantas tradições, regras e o mundo que ele viu quando
esteve lutando ao lado dos Vingadores. Ele fica perturbado ao notar que pode
cometer os mesmo erros de seu pai em uma realidade completamente diferente
agora .
Lupita Nyong’o e
Danai Gurira são o black power girl do filme. Okoye (Danai), general do exército pessoal do rei, formado unicamente por mulherese Nakia
(Lupita), que pegou para si tarefas de ajudar,a seu modo, quem precisa. As duas
têm presença de tela e diálogos
assertivos que contribuem para dar inteligência
ao filme.
Daniel Kaluuya e Winston Duke são um grande elenco de
apoio. W’kabi (Daniel) é o amigo fiel de longa data que
anseia por que Wakanda mostre ao mundo do que é capaz e pare de ficar
reclusa em seu campo de força e, trabalhe para conseguir um espaço merecido
entre as civilizações. M’Baku (Wiston)
teve o personagem bastante descaracterizado por medo de reprimendas raciais:
não assumiu o nome Homem Gorila e nem a pele do animal que matou com as
próprias mãos. Não aceita o reinado do
Pantera, mas rende uma grande surpresa no decorrer do filme.
A surpresa fica por conta de Shuri (Letitia Wright), a irmã super inteligente e modernosa de
T’challa. Por estar a vontade, a atriz brinca com a personagem e contribui com
os momentos corretos de humor no filme, trazendo uma leveza aos momentos com o
irmão tão sisudo.
Para os quais , o último grande vilão da Marvel foi Loki (Tom Hiddleston), o
de Michael B. Jordan (Erik Killmonger) veio para se colocar entre os antagonistas
com justificativas para seus feitos. Ele age inclusive em prol
de toda uma raça com embasamento em um erro cometido. Ele realmente fez um bom vilão, mas faltou tempo na tela para isso.
Faltou mais interação com outros personagens. O potencial é mostrado, mas não
bem trabalhado.
No conjunto, o filme flui sem problemas com toda a força de
Wakanda e, sua tecnologia incrível e seu metal desejado pelo mundo todo, razão de seu poder . As referências não são só aos filmes anteriores, mas também estão presentes no
figurino, que mescla o tradicional e o moderno levando os personagens a terem
aquela aura de poder na tela. As cenas de ação, recheadas de aparatos tecnológicos, são um
show á parte.
O filme é poderoso e jogou luz na discussão sobre protagonismo
negro . Não que já não tenhamos heróis negros e que não seja importante a
inclusão de mais um para que todos possam se ver. Pantera realmente veio trazer
mais um herói para somar à grande história que vem aí em Infinity War. É um grande
herói, diga-se de passagem. E é o pontapé
inicial para trazer os heróis da segunda
base da Marvel. Dar a eles o mesmo aparato das grandes estrelas e focar nos
grandes arcos de suas HQs.
É para todo mundo se espelhar que existem todos os tipos de heróis: ricos,
deuses, honrados e, sim, negros. Vindo de uma terra muito próspera . Que
aprendeu com os erros e com o conselho dos amigos que existe um mundo maior que
qualquer regra e tradição.
Ele se tornou o 33º filme a arrecadar US$ 1 bilhão. Considerando apenas os filmes da Disney, ele é o 16º a atingir a marca.
Artigo postado por (Ximelly Christie)
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