Objetos Cortantes (Sharp Objects).



Objetos Cortantes (Sharp Objects)  foi escrito em 2007 por  Gillian Flynn. Mas para nós chegou primeiro o Garota Exemplar (Gone Girl) que, lançado em 2012, foi sucesso com críticas positivas até do mestre do terror Stephen King. Em 2014 a Fox comprou os direitos do filme por $1.5 milhões de dólares e a própria autora foi contratada como roteirista do filme que contou com David Fincher (Clube da Luta e Alien 3).

Lugares Escuros (Dark Places) é de 2010  e também teve uma adaptação cinematográfica no dia 18 de junho de 2015 com Charlize Theron e Chloe Moretz no elenco.
Eu sou suspeita para falar porque eu sou realmente muito fã da autora e curti todos os outros títulos e filmes. eu me lembro de só ter parado de ler Garota Exemplar e o recente Objetos Cortantes no final de tão instigante que é a história. A autora não tem medo de lançar mão de personagens obscuras, que podem ser boas na página 51 e na página 52 serem odiosas. Que tem coragem de serem passivas, loucas ou doentes. São mulheres fora da pista com problemas enlouquecedores que reagem ao mundo a sua volta de várias maneiras: tramando contra alguém, tirando do mundo aquilo que elas acham que é seu ou se cortando.

Somos apresentados a Camille Paker que é repórter em Chicago em um jornaleco o qual um dia seu editor fica sabendo sobre um assassinato e um desaparecimento de meninas e acha que é uma ótima ideia ela ir em sua cidade natal para fazer uma matéria sobre.
Camille tem muitas marcas, visíveis e não visíveis. O álcool usado diariamente e memórias a atormentam. Na chegada à cidade ela se depara com o passado doloroso e uma irmã no auge da adolescência que gira em torno dela.
Mas o pior mesmo é lidar com Adora (Patricia Clarkson) e seu jeito afetado. Quando não está dizendo que é louca pela filha Amma (Eliza Scanlen) está repreendendo Camille, inclusive no seu trabalho. Mesmo assim ela age como bastião da cidade, sendo amiga e confortando a todos nesse momento difícil de volta a cidade.

A série tem um ritmo devagar que faz com que tudo se apresente de forma correta o que não atrapalha nem um pouco a narrativa. Os personagens com tempo se apresentam e fazem seu papel para que a gente fique naquela expectativa do “quem matou”. Isso aliás é pano de fundo para a trama das família da cidade e seus psicológicos em pedaços. Principalmente para a protagonista que busca tentar preservar um pouco de si enquanto é bombardeada o tempo todo.

Camille é vítima de uma mãe que se mostra repressora e perfeccionista, preocupada com a reputação não consegue ver os problemas causados por ela. Quer dizer, até vê, mas aparentemente não liga.
Três episódios lançados e a até agora bem fiel ao livro, até mesmo os diálogos mantiveram o aspecto mordaz e malicioso. A câmera é tensa e pode te cegar com a luz, deixar que você enxergue pouco com a escuridão, te dar ilusões de ótica, mostra pouco ou quase nada ou te dar closes chocantes.

Amy Adms está excepcional no papel. É uma Camille com roupas de brechó, uma sombra do passado que todos falam que ela era, o cabelo dá aquela palidez doente de só quem é loser na vida tem. A atriz que também é uma das produtoras da série, admitiu ter bebido antes de uma cena e após o término das gravações sentiu uma ansiedade e insônia que não identificou como delas e sim da personagem.

Se a gente só de ver/ler fica mexida imagina quem emergiu para poder fazer algo tão poderoso aonde o “quem matou” não é tão importante quanto o desenrolar da história.
No aguardo ansiosamente pelos próximos episódios.


Postado por (Ximelly Christie)

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